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Fortescue vai iniciar obras de planta de hidrogênio de US$ 5 bi no CE

06/09/2024Fortescue vai iniciar obras de planta de hidrogênio de US$ 5 bi no CE

Empresa foi autorizada a fazer terraplenagem do local, com investimento de R$ 100 mi

A Fortescue vai iniciar as obras da planta de hidrogênio e amônia verdes no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), no Ceará, avaliada em US$ 5 bilhões. A australiana recebeu autorização da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) para iniciar a terraplenagem da área. O investimento nesta fase será de R$ 100 milhões e as obras devem começar em breve.

O anúncio foi feito pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), na terça-feira (9), durante o evento de divulgação do Pacto do Pecém, iniciativa para realização de ações que visam melhorar a estrutura e os acessos do complexo.

No Brasil, a Fortescue desenvolve o projeto para produção de hidrogênio verde com potencial para produzir 837 toneladas de H2V por dia, com o uso de 2.100 MW de energia renovável.

A Fortescue tem outras plantas de H2V sendo estudadas nos Estados Unidos, Noruega, Austrália e Quênia. O fundador e presidente do conselho da Fortescue, Andrew Forrest, disse que está confiante que a unidade brasileira será uma das primeiras a se viabilizar. A ideia é que a unidade comece a ser efetivamente construída em 2025 e entre em operação em 2027/2028 (1,2 GW) e em 2029 (1,1 GW).

Além da matriz de energia limpa eólica, solar e hidráulica desenvolvida, o Brasil conta com uma infraestrutura de comercialização de energia amadurecida, aponta o gerente regional de relações governamentais e comunidades da Fortescue na América Latina, Sebastian Delgui.

Segundo o executivo, há uma boa "musculatura" na cadeia de fornecedores e mão de obra especializada em energia renovável, no Nordeste.

A Fortescue também fechou uma parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) para impulsionar a qualificação de trabalhadores já pensando na mão de obra para o projeto da planta de hidrogênio verde (H2V).

Entre os objetivos da cooperação entre a mineradora australiana e a entidade empresarial estão identificar funções e resultados de aprendizagem para a construção e operação de instalações na cadeia de valor do H2V, de forma a desenvolver programas de formação profissional adequados.

Também está o fato de explorar oportunidades para apoiar empresas locais a se envolverem na cadeia de valor do H2V; e desenvolver programas específicos para inclusão de comunidades indígenas e tradicionais, mulheres e pessoas com deficiência em oportunidades de emprego e negócios ligados ao H2V.

Somente na fase de construção do chamado "Projeto Pecém", a expectativa é que sejam gerados cinco mil empregos no auge da implantação do empreendimento.

A Fortescue tem projetos de extração de minério de ferro, aço, ouro, cobre e lítio na Austrália, mas vem se comprometendo na descarbonização das técnicas utilizadas e focando em matrizes limpas, como o H2V e a amônia verde, obtida através desse tipo de hidrogênio. Com informações de O Povo.

Foto: Hidrogênio verde/Reprodução

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